DIÁRIO DE BORDO
VOANDO AS AMÉRICAS
JULHO/2001
Dia 14
Saída do Rio de Janeiro. Devido a problemas técnicos em
um dos VHF's, atrasamos nossa saída, decolando às 12:00
h. Problema resolvido, partimos em direção a Uberaba ...
aproamos Ubatuba e depois autorizado proa direta para Uberaba.
Após 4:07 h de vôo estávamos pousando em Uberaba.
Dia 15
Preparamos o FK-9 no dia anterior para agilizar nossa saída.
Decolamos às 8:08 h com destino a Goiania (SWNV) onde reabastecemos
e após este procedimento, decolarmos com proa direta para Gurupí.
O tempo total de vôo foi de 6:17 h.
Dia 16
Graças ao apoio muito cortez do Sr. Ramon, conseguimos hangarar
o FK-9 e lá estava ele logo cedo nos aguardando para abrir o
Hangar e nos desejar "Bom vôo". Decolamos às
8:15 h de Gurupi com destino a Marabá. Subimos para o FL 065.
Após 4:37 h pousamos em Marabá com uma temperatura de
30º C na sombra.
Dia 17
Como esta etapa seria a que mais sobrevoaríamos a floresta, decidimos
voar somente pelo período da manhã devido a falta de precisão
nas informações metereológicas ... decolamos às
8:00 h com destino a Macapá. Próximo ao destino notamos
ao norte a formação de cúmulos, confirmando a impossibilidade
de vôo à tarde. Pousamos às 11:46 h e aproveitamos
o resto do dia para preparar nossa saída junto a Alfândega,
DAC e Polícia Federal. Nos surpreendeu a presteza e agilidade
dos profissionais envolvidos de cada órgão. Conhecemos
o Sr. Carlos inicialmente pela fonia (comandante de um Seneca) que já
sabia da nossa aventura. Após o pouso ele veio nos saudar, nos
levou ao hotel e jantamos mais tarde.
Dia 18
Saímos de Macapá às 8:30 h com destino à Cayenne (SOCA). Subimos
a 8.500 pés. Vôo visual, porém com muitos desvios de cumulus em formação
sobre Oiapoque, devido à umidade da região, percebemos a formação de
gelo no carburador. Descemos para 2.500 pés e continuamos viagem nesta
altitude até Cayenne. Pouso tranquilo. Pessoal da alfândega bem ágil.
Boas informações meteorológicas, com fotos de satélites. Hospedagem
muito boa.
Dia 19
Abastecido o FK-9, decolamos às 8:00h em um vôo VFR marginal e com muitos
desvios de rota em função das formações de Cumulus. Sobre Zanderyj (Suriname),
saímos pela costa onde o tempo melhorou. Nesta região poucas estradas
ou referências visuais para conferência na carta. Chegamos
em Georgetown (SYCJ) e fomos recebidos pelo "handling agent" previamente
contatado para fazer os trâmites legais, pois neste local o pessoal
cria muita dificuldade para vender facilidades. Todavia, conseguimos
guardar o FK-9 em um hangar (dizia-se o melhor) e pagamos uma "vigilância"
com receio de mexerem no avião.
Dia 20
Amanheceu um tempo horrível e sem condições de continuarmos neste dia.
Fomos obrigados a adiar a viagem e permanecer em Georgetown.
Dia 21
Finalmente conseguimos sair de Georgetown com proa de Trinidad. Muitos
desvios, principalmente sobre Trinidad, onde havia muitas formações.
Sobre o mar o tempo estava bom. Pousamos em Grenada (TYPG) para reabastecimento
prosseguimos para Fort de France (TFFF) na ilha de Martinique. Chegamos
no final da tarde e providenciamos a troca de óleo do motor. Aeroporto
super organizado e pessoal de manutenção perfeito.
Dia 22
Partimos da Martinique às 8:15 h com destino à ilha de Nevis (TNPK).
Tivemos informações que o vulcão da ilha de Montserrat estava em atividade.
Sobrevôo autorizado por trás da ilha. Embora a ilha esteja quase que
totalmente devastada, o visual é impressionante. Tempo muito bom. Abastecemos
em Nevis e continuamos para Punta Cana (MDPC) na República Dominicana,
com desvios de CB e TCU próximos a Porto Rico e na chegada em Punta
Cana. Pouso muito trabalhado devido à turbulência e rajadas de vento
muito fortes. Paga-se taxa para tudo e o serviço de terra é muito ruim.
O hotel é perfeito.
Dia 23
Saímos de Punta Cana com grande atraso devido à desorganização do abastecimento
local e a burocracia. Fizemos um desvio para a direita sobre o mar devido
aos CBs, com destino a Providenciales (MBPV) em Turks & Caicos Islands.
Poucas informações meteorológicas nas ilhas nos obrigam a manter os
alternados à "mão", mas no final abriu um dia maravilhoso, proporcionando
um visual fantástico do mar do Caribe. O pouso foi novamente muito trabalhado
com vento cruzado de 18 Kt. Reabastecido o FK 9, continuamos para Great
Exuma (MYEF). Muitos desvios na rota, porém sem nenhum problema. Pouso
com vento cruzado forte. O hotel é muito bom.
Dia 24
Decolamos sem muitas informações meteorológicas com destino a Florida,
após 1 hora de vôo e muitos desvios, pousamos em Staniel Cay (MYES)
devido à forte chuva em nossa rota. Pousamos e amarramos o avião. Uma
pessoa no aeroporto nos disse que o mau-tempo deveria levar cerca de
12 horas. Esta ilha não tem mais do que 100 habitantes e quase nenhuma
infraestrutura. O único hotel não dispunha de quartos. O jeito foi esperar,
mesmo porque o proprietário do hotel nos informou que na ilha ao lado
(Black Point) havia um pequeno hotel com um quarto disponível. Esperamos
até às 15 horas quando a chuva deu uma acalmada. Decolamos com
a intenção de irmos até Black Point, mas para nossa surpresa, o tempo
no setor noroeste, nossa rota, estava limpo. Decidimos continuar para
a ilha de Andros mantendo condições VFR. As condições no caminho melhoraram
ainda mais e reativamos com Miami Radio nosso plano de vôo passado via
fone pela manhã. Chegamos em Fort Lauderdale (KFLL) às 18:30 h e pousamos
para fazermos alfândega. Após meia hora (trabalho muito simples e desenrolado),
decolamos para Fort Lauderdale Executive Airport (KFXE). Pousamos às
19:15 h. Taxiamos para o hangar da Banyan onde seria feito um reparo
de altímetro.
Dia 25
Avião em manutenção. Troca de altímetro.
Dia 26
Meteorologia não permite nossa saída com destino a Oshkosh. Preocupação
com a data, pois teríamos 3 dias de vôo até a feira. Em todo os USA
muita chuva com trovoadas, alagamentos e até alguns tornados.
Dia 27
Tentativa de vôo frustrada. Decolamos e retornamos devido ao mau tempo
perto de Vero Beach, FL. Tomamos a decisão de irmos de avião comercial,
pois haveria mais dois a três dias de tempo ruim na nossa rota para
Oshkosh. Foi uma decisão baseada na prudência porque as condições meteorológicas
previstas se confirmaram. Estivemos na feira sábado e domingo. |